Falta de Dinheiro

Outras Considerações a respeito dos Vetores de Degradação da região de Visconde de Mauá

Quero aqui fazer coro ao nosso sábio defensor dos, realmente interessados, em manter, até mesmo tornar, esta região uma moradia sustentável no binômio econômico-ecológico,Sir.Lino Matheus de Sá Pereira nas suas considerações a respeito dos vetores de degradação na Mantiqueira.

Em seu texto ele descreve corretamente vários fatores de degradação, alguns deles:

  • Ocupação desordenada de terras.
  • Abertura indiscriminada de estradas.
  • Falta de assistência técnica na atividade agropecuária.
  • Construções irregulares em APP.
  • Caça e captura de aves silvestres e pesca ilegal.
  • Persistente erosão cultural.
  • Atividades econômicas e mercantis , oriundas da exploração da imagem paisagística e ambiental  da região.

Nesta última eu acrescentaria depois da palavra exploração a expressão, sem critério.

Creio que será de grande eficiência a discussão, neste fórum, destes fatores para que busquemos a solução ou pelo menos a mitigação dos mesmos.

Acredito que a maior parte destes fatores de degradação se resume à fragilidade da atividade econômica na região.

Eu vivi em Mauá a fase em que a pecuária leiteira e posteriormente a avicultura de postura e de corte era o que girava a economia local. Quando eu era criança a resfriadeira era uma referência em Mauá, Dali partiam vários caminhões levando o leite resfriado para Resende, evitando assim a deterioração do produto. Cabe notar que o número de caminhões era quase o mesmo que hoje traz o leite para o lacticínio Pedra Selada .O bairro Lote 10 começou a ganhar vulto com o desenvolvimento de uma granja do Sr.Fernando Abreu que abasteceu primeiramente um mercado exigente de ovos no Rio de Janeiro,quando este velho e esperto Sr. Começou a adicionar bcaroteno na ração dos frangos que assim produziam ovos com a gema muito mais vermelha.Esta granja prosperou e empregava toda a população do Lote 10 , na época.

É certo que o que acabou com estas atividades agropecuárias na região foi a absoluta falta de assistência técnica.

  • Quem ocupa terra  desordenadamente encarapitando-se em barrancos e alto de morros, não o fazem por escolha e sim por opção.
  • Quem abre estrada indiscriminadamente é por que não pagou um técnico que pudesse livrá-lo do risco de escorregar estrada abaixo.
  • Não se dá assistência técnica rural por que o produto local não justifica o deslocamento de órgãos governamentais (EMATER) que deveriam estar dando assistência a regiões de maior produção.
  • Constrói-se em APP, pelo mesmo motivo do primeiro item, ninguém tem sono tranqüilo á beira de um rio ou córrego quando este ronca por ocasião das cheias.
  • Quanto à caça e pesca indiscriminada, aço que é falta de porrada mesmo, nem 5% destes caçadores o fazem para matar a fome.
  • A erosão cultural é fruto da falta de educação,  já vimos que o poder público até agora não se mostrou capaz de proporcionar. Só pagando por bons cursos e viajando para manter contato com experiências bem sucedidas para limitar esta erosão.

No texto do Mestre Lino , quando ele diz que a atividade turística não deve ser maior que 30% da economia de uma região, eu não tenho a pretensão de quantificar nada, mas aprendi que sustentabilidade, equilíbrio e diversificação andam juntos. Acredito que devamos diversificar a economia local, buscar parceiros, descobrir mercados, auxílio de desenvolvimento empresarial , critérios para o desenvolvimento turístico e o mais fácil e próximo discutir.

É por isto que acredito que se fizermos um bom uso deste fórum possamos atingir um ambiente auto sustentável. Então moçada ,boralá, vamos nos mexer ou pelo menos teclar.

                                                         Luis Armondi