CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DA

REGIÃO DE VISCONDE DE MAUÁ

 

 

 Nós, alguns docentes do Colégio Estadual Antônio Quirino, vimos por meio desta prestar esclarecimentos à população de Visconde de Mauá em relação ao nosso questionamento sobre o EIA-RIMA (Estudos  e Relatório de Impacto ao Meio Ambiente) apresentadoem Audiência Pública no dia 14/07/2009).

Enviamos esses questionamentos através de uma carta (cujo conteúdo encontra-se abaixo) ao INEA/RJ com cópia para o Ministério Público no intuito de esclarecer pontos frágeis no referido EIA-RIMA. Este documento foi elaborado visando o bem da comunidade e da Região, e não havendo em nenhum momento a intenção de atrasar o andamento da construção da Estrada-Parque, pois sabemos que ela é tão esperada e importante para esta comunidade.

 

Colocamo-nos à disposição para eventuais esclarecimentos, evitando assim qualquer mal entendido, pois nossa responsabilidade é para com a Educação na Região.

 

 

Conteúdo da carta enviada ao INEA / RJ com cópia ao Ministério Público

 

Nós, abaixo assinados, docentes do CEAQ (Colégio Estadual Antonio Quirino) depois de analisarmos o RIMA e de termos participado da Audiência Pública, constatamos problemas na análise sócio-econômica presente no EIA/RIMA.

Acreditamos que estudos complementares importantes para prevenir os impactos que inevitavelmente virão com o aumento do contingente humano na região, são necessários, devido à melhoria das vias de acesso sem a devida infra-estrutura necessária para receber este fluxo.

Por considerar dados sócio-econômicos generalistas (em nível municipal, considerando Itatiaia, Resende e Bocaina de Minas) o documento desconhece a realidade local onde a maior parte da população não tem acesso às infra-estruturas (hospitais, indústrias, comércio) localizados nestes municípios, e principalmente não estão capacitados para ocupar os empregos que serão abertos com o novo fluxo turístico, que certamente virá.


Este processo juntamente com a especulação imobiliária poderá formar áreas marginais com loteamentos ilegais e ocupação desordenada da Região.


Outro estudo necessário, mas ausente no EIA/RIMA, trata-se de qual será a carga turística suportável pela Região que já enfrenta engarrafamentos nas vilas, em especial as vilas de Maringá/RJ e Maromba.

Atualmente estão sendo construídas três ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) que recolherão os efluentes do centro das três maiores vilas, porém estas não solucionam nem a metade do saneamento da Região e não há nenhum programa de educação ambiental indicado no Rima para mitigar este problema. E tratam apenas o esgoto fluminense, excluindo o lado mineiro, gerando mais fragilidade na infra-estrutura da Região.


Não se trata de sermos contrários à implementação desta obra, mas sim de não concordarmos com a forma pela qual o EIA/RIMA está sendo conduzido para uma eficaz e promissora mudança na nossa Região.

Exigimos que a infra-estrutura seja melhor elaborada, incluindo os fatores de saneamento, saúde, educação, cultura, lazer, além de uma avaliação mais profunda dos reais interesses dessa comunidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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