Visconde de Mauá espera ansiosa pela nova estrada
(texto extraído do Boletim da Secretaria Estadual de Obras do RJ de outubro de 2009 )
Texto na capa: São anos de expectativa pela pavimentação da estrada Capelinha-Mauá e da que liga a Vila dos Imigrantes até Maromba, um dos mais importantes complexos turísticos do Rio de Janeiro. A perda contínua de turistas e a falta de investimentos na região pode fazer com que Visconde de Mauá transforme-se em uma área degradada em pouco mais de uma década. Segundo os moradores, a estrada, que hoje permite a passagem de apenas um veículo em determinadas partes, irá levar o desenvolvimento econômico, assim como escolas, postos de saúde e uma série de serviços que inexistem hoje. Os empresários, garante Julio Buschinelli, diretor da Mauatur, esperam ansiosos pela obra, acreditando que todo o Vale do Rio Preto poderá recuperar sua importância no segmento turístico e levar uma qualidade de vida melhor para os moradores da região, incluindo a área de Maringá, pertencente à cidade mineira de Bocaina de Minas. As obras de urbanização da Vila, que se iniciarão em breve, trazem uma esperança de que os dias melhores estão, enfim, chegando.Texto na página 4: Obra revitalizará a região Os empresários de Visconde de Mauá, em Resende; Maromba, em Itatiaia; e de Maringá, na cidade mineira de Bocaina de Minas, estão ansiosos pela chegada das melhorias na região, que começará com a construção da estrada-parque Capelinha-Mauá e do acesso à localidade de Maringá. Hoje, segundo a Associação Turística e Comercial da Região de Visconde de Mauá - Mauatur, são cerca de 130 hotéis e pousadas e 30 restaurantes, que estão amargando há alguns anos a diminuição do número de visitantes. Segundo Julio Buschinelli, diretor da Mauatur, a má conservação da estrada tem sido, nos últimos cinco anos, a principal causa da diminuição dos turistas, associado à cotação baixa do dólar (o que privilegia os destinos internacionais), o comércio fechado durante os dias de semana, a concorrência de outros destinos com melhor acesso e mais infraestrutura e a má sinalização das estradas de circulação interna. Ele ressaltou que a expectativa dos moradores é de que a estrada possa trazer outras melhorias para a região, como escolas, posto de saúde e cursos de capacitação para os trabalhadores locais. - Não podemos esquecer que os estabelecimentos da região são pequenos, com uma média de seis a dez chalés ou apartamentos e com administração familiar. Não existe mão de obra qualificada na região, daí não termos o número do desemprego no setor - frisou Buschinelli. A expectativa é de que, após a construção da estrada parque, a região transforme-se em um dos principais pólos de desenvolvimento de turismo sustentável inserido numa área de proteção ambiental do país. Moradores e empresários, contudo, acreditam que o desenvolvimento da região deverá ser contido dentro dos planos diretores das respectivas prefeituras e deverá obedecer as normas estabelecidas pelas entidades responsáveis em administrar o uso do solo de áreas de proteção ambiental, como o Instituto Chico Mendes e a Área de Proteção Ambiental (APA) da Mantiqueira. - Os moradores e empresários da região não querem que Visconde de Mauá seja degradada e que tenha o destino de outras cidades que o “progresso” tenha sido feito de qualquer modo. Não concordamos com aquela política do vamos ver como fica e depois consertamos, já que, normalmente, quando feito, o conserto é muito mais caro que a correta conservação - ressaltou o diretor da Mauatur. Uma das preocupações apontadas na audiência pública realizada na Vila dos Imigrantes foi a manutenção dos mananciais em todo o Vale do Rio Preto, cuidando não apenas do esgoto e da possibilidade de especulação imobiliária naquela parte, mas também na área da bacia do rio. Eles lembraram que é necessário fazer um trabalho conjunto com os outros municípios que participam do sistema da Bacia do Rio Preto, para que as ações de desenvolvimento da região possam ser integradas com a defesa do meio ambiente e a preservação do grande produto turístico daquela área: o turismo. A preocupação do Estado tem sido em levar melhorias para as vilas dos Imigrantes e Maromba, assim como criar uma infraestrutura para que as ações fluminenses possam se integrar a ações mineiras e garantir projetos uniformes para a região. Além de estações de tratamento de esgoto e da construção de uma rede de coleta que tire o despejo dos dejetos no rio, haverá um reforço no programa de coleta de lixo dos municípios da região. Com relação à estrada, estuda-se a possibilidade da transformação do pórtico, que ficará em Capelinha, em um centro de controle de acesso de turistas, desde que se faça um estudo mostrando a capacidade de turistas para a região, como acontece hoje em Fernando de Noronha, em Pernambuco, e na Ilha do Mel, no Paraná. Quem passar pela nova estrada vai se lembrar pouco do que acontece hoje. A estrada ganhará uma pavimentação ecológica, assim como todas as obras de contenção de encostas serão feitas com projetos ecológicos de recomposição da Mata Atlântica. Haverá passagens subterrâneas e aéreas para os animais, além de mirantes que valorizem as paisagens paradisíacas dos vales do Paraíba e do Rio Preto. O vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, frequentador da região, acredita que essa será a redenção de Visconde de Mauá, um dos principais destinos turísticos da região do Vale do Paraíba e Sul de Minas, mas que vem amargando nos últimos anos a diminuição da taxa de ocupação de seus hotéis e pousadas. O início das obras de urbanização da Vila, nos próximos dias,sinaliza essa mudança esperada, que irá garantir a retomada do desenvolvimento sustentável da região. - Não tenho dúvida de que a estrada trará com ela novos investimentos que irão garantir uma melhor qualidade de vida para a população. Essa é a nossa meta - concluiu Pezão. |
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